domingo, 27 de fevereiro de 2011

Homenagem para Kassia, que faz dezoito anos esse ano.

Bobona, espero que nossa amizade dure a eternidade, se não for possível, esse livro te lembrará que já fiz parte da sua vida.

Um sorriso, uma amizade

Eu não sei se ela lembra, mas eu a conheci na aula de espanhol. Estudávamos na mesma escola, éramos da sétima série, porém ela estudava de manhã e eu de tarde.
Nos conhecemos no espanhol porque a aula era a noite. Fui eu quem puxou assunto com ela, não queria ficar sozinha onde não conhecia ninguém, e ela parecia não conhecer ninguém também, só não esperava que aquela garota, de shorts e aparelho, fosse ser minha melhor amiga um dia.

- Oi – eu disse – Senta aqui. – apontei para a carteira mais perto.
- Ta bom – disse ela.
- Qual o seu nome? – perguntei.
- Meu nome é Kassia – respondeu ela com um sorriso.

Um ano passa e o outro vem

Sim. Eu conheci a Kassia quando estávamos na sétima série, mas só ficamos amigas na oitava. Creio que se não fosse a aula de espanhol jamais sentaríamos perto uma da outra. Na oitava, eu havia caído numa sala com pouca gente interessante, não conversava com quase ninguém, pra falar a verdade, quem salvou a sala foi ela.

- Nossa, que sala podre! – chegou a Kassia dizendo – Oi Má! Você por aqui...
- É, caímos na mesma sala.
- Ah, que bom! Pelo menos conheço alguém...

Conversamos bastante nesse ano. Descobri que a Kassia gostava de desenhar e eu tentava fazer mangá (desenho japonês, isso que eu nem sou japonesa), eu tinha uma queda por japoneses nessa época, deve ser porque eu namorava um.

Na nossa sala havia um garoto chamado Yuri, ele não era japonês! Era loiro. O Yuri era um garoto magrelo de aparelho, mas era hiper legal. Ele gostava de conversar com todo mundo e tinha uma certa queda pela Leticia.
Eu achava o Yuri super gente boa, creio que a Kassia também achava, mas no final da oitava série ele acabou se mudando pra outro estado, e o único meio de comunicação que nos sobrou foi o MSN e o Orkut, apesar disso, faz muito tempo que não conversamos com ele. A ultima noticia que tive dele é que ele havia tirado o aparelho e estava fazendo academia, mas ele me disse isso a um ano atrás.

A Kassia e eu continuamos fazendo espanhol, isso nos juntou um pouco mais, apesar de que nós quase não íamos. Ela, normalmente, perdia as aulas para assistir novela, e eu, para não ficar sozinha, acabava não indo. Só me lembro de uma situação na oitava série, e vou ter que contar. Desculpa Boba.
Eu me lembro que na oitava série a Kassia não entendia muito bem matemática. Então, um dia, ia ter uma prova de matemática e ela não sabia nada e pediu pra eu ensinar ela (como se eu soubesse alguma coisa...). Era aula de português, e a professora havia deixado todo mundo estudar pra prova de matemática, que seria na aula seguinte.
Os alunos da nossa sala nunca gostaram de estudar, então, a maioria deles começou a conversar em vez de estudar para prova.
A professora percebendo que quase ninguém estava estudando voltou a passar matéria no quadro.
A Bobona ficou super irritada com aquilo e soltou: “Ah, vai tomar banho! Eu não vou copiar essa matéria.” A professora levou de bom humor e disse que já havia tomado banho. A Kassia, não satisfeita provocou: “Então toma de novo”. Nessa hora, nem preciso falar que a sala inteira parou pra ouvir, não é mesmo? Todos achavam a professora de português chata e só faltaram aplaudir a Boba de pé por ela ter dito o que disse, mas ninguém fez isso e a Kassia foi mandada pra diretoria. Sorte dela que não aconteceu nada. Ela explicou que estava preocupada com a prova e irritada com a sala que não parava de conversar. A diretora entendeu e a Boba voltou pra sala
Não me lembro muito bem da oitava série, mas acho que era nessa época que a atenção da Boba (apelido carinhoso da Kassia) era disputada.
Ela tinha duas amigas: Ellen e Grazy. Eu nunca entendi direito, mas parece que as duas não se gostavam. Até hoje não sei o porquê. Apenas sei que essa disputa ficou tão grande que uma delas queria que a Kassia escolhesse de quem iria ser amiga. Nessa época, a Boba também era amiga da Leticia, as duas faziam catequese juntas, se não me engano.
Portanto, nesse ano, eu considerava a Kassia minha amiga, mas não ia ficar disputando a atenção dela com ninguém, conversávamos sempre, fazíamos trabalhos juntas... Ficamos mais amigas, mesmo, no final do ano, e no próximo ano que vinha.

A amizade cresce aos poucos

No primeiro ano do ensino médio caímos, de novo, na mesma sala. Quer dizer, depois da oitava, em todos os anos, caímos na mesma sala.
Nesse ano ficamos bem mais amigas e conhecemos a Bruna.
A Bruna era muito engraçada, ela conversava com você, mas parecia que estava viajando no mundo da lua, não dava pra saber se ela estava ouvindo mesmo, ou não. Ela sempre perguntava as coisas e depois de cinco minutos após você ter respondido ela falava: “É mesmo?” Sem contar a rapidez com que ela falava! Pelo amor de Deus, eu não entendia nada!
Certo, no primeiro ano, eu e a Boba já havíamos terminado o espanhol. Agora, só nos víamos na escola de manhã.
Nesse ano, eu ainda namorava virtualmente, quer dizer, eu fiquei três anos namorando virtualmente. A Kassia não concordava com a minha idéia de namoro virtual, porque pra ela, namoro virtual não era possível. “Como você vai saber se ele está te traindo ou não?” ela sempre perguntava isso. Eu contava tudo pra ela do meu namoro, como tinha conhecido ele, etc. Mas ela nunca me contou de quem gostava, bom, até hoje eu não sei, ela não fala sobre isso. Se ela gosta de alguém ou não, eu não to sabendo.

Eu sempre gostei da Kassia porque ela, sempre, foi muito sincera. Se ela não concordasse com algo, ela falava mesmo e não tava nem ai. Isso fazia com que muitas pessoas não gostassem dela, achassem ela chata, ou coisas do tipo, mas sempre que paravam pra conversar com ela percebiam que ela não era tão chata quanto parecia.
Outra coisa que eu sempre gostei nela: é o fato de ela conseguir manter seu segredo, não importa o que acontecesse. Ela sempre queria saber o que estava acontecendo, e ficava muito brava se não dissesse, apesar de normalmente já saber o que se passava.

Nós nunca fomos de brigar. As vezes uma acordava de mau humor e ficava em silencio. Normalmente, isso era por poucas horas, e logo em seguida estávamos conversando de novo e rindo. Porque brigar, de ficar dias sem se falar, nunca aconteceu com a gente, mesmo depois de quatro anos de amizade.

Ah, eu vou contar uma história sobre o primeiro ano, mas dessa vez aconteceu comigo.
Era aula de história, eu sentava lá no fundo e sempre levava um espelho na minha bolsa (você vai entender o porquê digo isso). Nesse dia a Kassia estava sentada lá na frente e me chamou pra sentar numa carteira na frente dela. Nós ficamos conversando um pouco e ela resolveu fazer um desenho na minha mão com canetinha: uma flor. Infelizmente, nesse dia eu estava gripada, então meu nariz não parava de escorrer. O que aconteceu foi o seguinte: a Boba terminou de fazer o desenho na minha mão, e eu, esquecida, passei a mão com o desenho no meu nariz. Adivinhe! Sim. Meu nariz ficou colorido. Eu olhei pra Kassia e, de repente, ela começou a rir da minha cara sem parar. Disse que meu nariz tava sujo de canetinha e não parava de rir. O pior foi o que aconteceu depois... Eu pedi pra ela ir lá no fundo pegar o espelho na minha bolsa e ela foi, mas começou a rir mais ainda da minha cara, e todo mundo queria saber o que tava acontecendo, então ela apontou pra mim e ninguém entendia nada. Foram poucas as pessoas que viram meu nariz colorido, dentre elas o professor de história, que me chamou de nariz verde no dia seguinte.

No primeiro ano eu sentava no fundo da sala porque havia mapeamento, eles achavam que se colocassem uma pessoa quieta no meio de mil pessoas que conversam, todos iriam parar de conversar. Por que será que isso não funcionou?
Como eu sentava lá no fundo, não dava pra ficar conversando com a Kassia, porque ela sentava lá na frente. Ela começou a conversar com o Rogério e com a Miriam. As vezes, ela ia lá no fundo pra conversar comigo, ou eu ia lá na frente, mas foi por ela conversar com a Miriam e com o Rogério que eu também comecei a conversar com eles.

De inicio eu achava o Rogério idiota, até conversar com ele. Viu como as aparências enganam? Ele era super legal!

A Miriam conversava mais com outras meninas, mas quando eu sentava na frente dela, nós conversávamos sobre musica, ela adorava tocar teclado, e ainda adora.

Eu só comecei a conhecer bem o Rogério e a Miriam no segundo ano. Foi quando comecei a conversar com a Gui também, e ela e a Bruna ficaram amigas.

Saindo um pouco da escola agora...
A Kassia e eu começamos a nos interessar por Matsuri, sempre que havia um nós íamos, mesmo sem conhecer ninguém. Um dia, teve um Anime Zone num colégio perto de casa e nós fomos! Lá, acabei conhecendo um garoto que fazia karate junto com a Kassia. Nós ficamos amigos, quer dizer, um pouquinho mais que amigos.
Você deve estar se perguntando sobre meu namorado virtual, e eu digo: eu continuei com meu namorado virtual, mas também estava com o garoto que conheci no Anime Zone. Não me condene, todo mundo erra. “Que atire a primeira pedra quem jamais errou”.
O meu caso com o garoto do karate não durou muito tempo, era final do ano e meu namorado virtual estava vindo me visitar. Então, eu tive que parar de ver o garoto com quem estava ficando.
Não pense que se você fizer algo errado, você passará impune disso. Jamais! Eu paguei por isso. Meu namorado virtual acabou descobrindo. Ele ficou super chateado comigo, mas acabamos ficando juntos mesmo assim. Acho que ele gostava mesmo de mim. Sinto muito por ter magoado quem não merecia, mas eu não sabia o que eu queria de verdade.

Nem preciso falar que a Kassia ficou do meu lado o tempo todo, não é mesmo? Eu contava tudo o que acontecia pra ela, e ela me ajudou muito!
Ela era a pessoa em quem eu mais confiava e ainda confio. Agora, vamos esquecer esse ano e passar pro próximo, ok?

2009: um novo começo

Depois de 2008 não ter sido um dos melhores anos da minha vida, não só pelo problema com meu namorado virtual, mas outras coisas também, 2009 chegou trazendo um começo novo e totalmente diferente.

Em 2009 eu fui pro segundo ano. A sala de aula era a mesma que a do ano passado, os mesmos alunos estavam na sala.
Foi nesse ano que passei a conversar mais com o Rogério e com a Miriam. A Gui também começou a conversar muito mais comigo e com a Kassia.

Eu simplesmente amei esse ano! Foi o melhor ano mesmo!

Nesse ano eu e a Boba éramos mais amigas do que nunca. Nós fazíamos nossa rodinha de amigos e ficávamos conversando. Havia muitas pessoas na nossa rodinha de amigos, e pode ter certeza, eram os melhores!

A Miriam, que antes andava mais com outras garotas, começou a conversar com a gente depois de uma briga com as amigas.

O Rogério começou a conversar muito mais com a gente e até ganhou um apelido carinhoso: pipoquinha. Eu e a Kassia éramos chamadas pro show dele, já que ele era vocalista de uma banda. Eu e ela nunca entendíamos o que ele dizia nas musicas, mas era legal mesmo assim.
Ele adorava colocar apelido nos outros e chamava a Kassia de índia, toda vez que chovia ele colocava a culpa nela por ela ter feito a dança da chuva. O apelido da Miriam era cantor de rap, porque o Rogério achava a boca da Miriam grande. Quem sabe, não foi isso o que chamou a atenção dele um dia. Isso mesmo! Ele já gostou da Miriam uma vez, e eu sei que ela também gostou dele, mesmo que tenha sido por um curto tempo. Infelizmente, o pipoquinha teve que trabalhar e deixou de estudar com a gente de manhã, mas ainda é possível falar com ele no MSN e no Orkut.

A Miriam é a garota super engraçada, eu nunca vi uma garota pagar tanto mico. Ai Senhor, que dó. Desculpa ser tão má, mas agradeço por ela ter brigado com aquelas garotas que ela chamou de amigas um dia. Hoje ela está muito melhor acompanhada!

Mesmo sabendo que a Bruna gostava de mim e da Kassia porque fazíamos os trabalhos e colocávamos o nome dela, eu ainda fico chateada por saber que ela foi sem dizer: “Estou indo”. Ela era muito divertida, mas nunca mais vi ela, simplesmente sumiu. O chato foi ela não ter dito que ia sair da escola nem nada, vai entender essas pessoas! A Gui deve ter ficado super chateada também, já que a Bruna era uma das melhores amigas dela na época. As duas não desgrudavam, era super legal de ver.

Lembro também, nesse ano, da Emilly. A Emilly era amiga da Miriam, acho que ela não gostava de mim no inicio. Acho que ela pensou que eu ia roubar a Miriam dela. É claro que eu jamais faria isso! Infelizmente, a Emilly se mudou pra Ibiporã. Ela era super engraçada e falava super baixinho, mas mesmo ela não estando em Londrina, ainda mantemos contato com ela. Isso é bom!

Ah! Foi nesse ano que eu e a Boba resolvemos fazer japonês! Eu acabei largando as aulas depois de duas semanas. Não tinha gostado nem um pouco! Mesmo assim, se não fosse pelas aulas não teria conhecido meu atual namorado.
Na primeira aula de japonês a Boba pediu pra eu esperar ela na frente da escola. Quando eu cheguei lá, ela não estava lá na frente, então eu esperei por ela e, cansada de esperar, entrei pra aula de japonês.
Quando entrei na sala quem eu encontrei? A Kassia sentada e um menino loiro atrás dela! Era pra eu sentar atrás dela, não ele! Como não tinha o que fazer, já que ele estava sentado, eu comecei a conversar com ele. Descobri que o nome dele era David, ele tinha feito aula de karate junto com a Kassia e é claro, eles se conheciam. Eu pedi umas folhas de caderno emprestadas pra ele, porque eu não tinha, e nunca mais vi ele na aula de japonês. Só descobri um tempo depois que ele trabalhava do lado da minha casa e morava super perto de mim. Acabei adicionando ele no Orkut e no MSN e ficamos amigos.

Eu ainda namorava o garoto da internet, mas sabia que não ia durar por muito tempo. A Boba tava mais que cansada de ouvir minhas reclamações, mas com toda a paciência do mundo, que só ela tem, ela ouvia, e com toda sinceridade opinava: “Ele não vai se matar se você terminar com ele Mazy, quem diz que vai se matar nunca se mata”. Eu queria terminar meu namoro porque não gostava mais do meu namorado virtual, mas ele dizia que ia se matar se eu terminasse com ele. No final do ano, quando ele veio na minha casa de novo, eu fiquei um tanto irritada com ele e no começo de 2010 nós terminamos, questões pessoais, mas terminamos.

Também foi em 2009 que a Gui arrumou um emprego, a Kassia e eu arrumamos um estágio. Eu não gostei do meu estagio, a Boba, por outro lado, gostou do dela, mas não pôde ficar.
A Bobona vivia reclamando com a Gui, por ela gastar o dinheiro dela e dar uma parte do salário pra mãe dela. A Kassia achava o cumulo, vivia falando que a Gui devia alugar o próprio quarto e anotar num caderninho tudo que ela gastava, mas não creio que a Gui tenha feito isso. De qualquer forma, a cabeça dura da Gui sempre animou nossos dias e continua animando! Pena que em 2010 ela mudou pra outra sala, pelo menos, não saiu da escola.

Cinco anos de amizade e eu ainda te aguento!

Brincadeira Bobona, foram os melhores cinco anos.
Em 2010, depois de termos passado pro terceiro ano, a Kassia resolveu que queria tentar medicina, enfiou a cabeça nos livros, assim como a Miriam, que estava tentando direito. Eu, sinceramente, fui a que menos estudei, mesmo assim, acabei passando, mas elas mereciam passar bem mais do que eu.
No inicio de 2010, enquanto a Boba e a Miriam estavam estudando, eu e o David ficamos bem mais amigos e começamos a namorar. Só no meio do ano que eu comecei a estudar pro vestibular.
A Gui foi pra uma sala diferente da nossa, uma sala bem mais silenciosa, enquanto eu e as meninas ficamos na “sala do inferno”. Até o demônio tinha medo da nossa sala. Nós tanto odiávamos a nossa sala, que nem na formatura fomos, não suportaríamos ver a cara daquele pessoal mais nenhuma vez.

A única coisa interessante em 2010 foi o cursinho. Bastante gente nova, interessada em fazer algo da vida e os professores: sensacionais! O problema foi quando o vestibular foi chegando. Eu e a Boba sempre gostamos muito da Miriam (macaca). Ela pagava muitos micos, era impossível não olhar pra ela e rir. Só que a macaca nos deixou preocupada, ela ficou tão mal com o vestibular, que eu e a Boba achávamos que ela ia ter um treco. Mesmo a Kassia adorando chamar a Macaca de “vagabunda”, “filha da puta”, ela não gostava de ver ela mal e tentava conversar com ela pra ajudar da melhor forma possível. Se engana quem disser que a Bobona não tem coração. Acho que se fosse pela vontade dela, o mundo não seria nem um pouco do jeito que é hoje. Ah, se existissem mais pessoas assim!
Felizmente, passado o vestibular e o resultado nem tão agradável, a Miriam voltou ao normal. Ela voltou a fazer as macaquices dela como sempre e, é claro, nos fez rir muito com suas confissões, que não vem ao caso!

Bom, o final de 2010 não foi tão legal pra mim, com a morte do meu pai, mesmo que eu não quisesse, até minha prova do vestibular foi um tanto afetada. Deve ser porque fui fazer a prova no dia seguinte ao enterro. Eu não havia comentado nada com a Kassia nem com ninguém, mas a Miriam acabou descobrindo que havia algo errado e eu acabei falando do acontecido. Imediatamente a Boba e a Macaca vieram me visitar, e mesmo não havendo nada pra se falar, já que a morte já traz um grande silêncio, eu fiquei muito feliz com a presença delas. De verdade.

A vida continua em 2011 e nossa amizade também

Se tem alguém nesse mundo com força de vontade é a Kassia. Eu nunca vi uma pessoa tão determinada. Apesar de curiosa, teimosa e sincera, até demais, ela é muito determinada. Em 2011, então, ninguém vai segurar essa garota! Ela já até comprou uma agenda para anotar os compromissos. Né Boba?
Bom, eu contei a parte do namoro com o David por um motivo: eu percebi que ele parece com você (Kassia) em certas situações.
Ele gosta de assistir Supernatural, gosta de artes marciais, também fala palavrão, é determinado, etc. Há muitas coisas parecidas em vocês. Eu acho que to namorando sua versão masculina Boba! É claro que ele não é totalmente igual a você, caso contrário você não seria única, e você é! Ele apenas me lembra você e deve ser por isso que nos damos tão bem.
Acho que mesmo que um dia a gente pare de se falar, eu sei que tudo que estiver a minha volta vai ter um pouco de você, porque isso faria eu me sentir bem.
Então minha futura médica, esse livro foi apenas um pequeno agradecimento pela sua presença em minha vida.
Você já esteve tantas vezes do meu lado, me ouviu, ouviu as meninas, ajudou tanto! Me fez conhecer alguém especial (a mala, como você diz), me fez deixar de lado o que já não importava. Obrigada por tudo!
Esse livro pode não significar muita coisa, mas quando estiver triste, desanimada, eu espero que leia ele e veja que não há motivos pra ficar mal, porque existem muitas pessoas que adoram você! E não fique preocupada se um dia perdermos contato, como já disse, tudo que eu fizer vai ter um pouquinho de você presente. Então, Boba, vai lá e mostra pro mundo quem você é e o que você veio fazer aqui. Espero que continue fazendo muitas pessoas felizes e seja sempre determinada do jeito que é. Eu amo você Bobona!